segunda-feira, 10 de setembro de 2007

no silencio da noite



É no silêncio da noite
que me deixo adormecer
m pensamentos perdidos num lugar qualquer.
Aqui, entre pequenas estrelas e grandes vazios, os meus pensamentos flutuam como penas nas asas dos ventos que sopram de sul.
Deixo-me ficar, escutando, cada palavra não pronúnciada,
cada letra não escrita, procurando tão somente, perceber para onde querem ir, e onde querem levar-me.
Só, nesta travessia sem gente onde a multidão se comprime,
num espaço vazio, procuro encontrar-me dentro deste nada que sou.
Seifado, como o trigo, deixo-me cair, sobre o manto das estrelas
que a noite escura e fria, estende sobre mim,
sentindo-me perdido pelos espaço infinito num abraço universal
que me faz esquecer as origens e me leva para lá de todos os limites, no silêncio da noite.

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