
Escrevo,
no silêncio sanguíneo da noite,
entre sombras vivas desfilando, no céu trágico.
Assim me ergo
acima da morte agitada no ar,
por chicotes suspensos de árvores negras.
Espero a manhã
enquanto a lua corre velada,
afrontando no rosto os vitupérios do vento.
Escrevo,
sonâmbulo,
na luz vermelha das sibilas e dos astros,
contra o terror cego, que vagueia pelo campo.
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