segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Na Luz Vermelha





Escrevo,
no silêncio sanguíneo da noite,
entre sombras vivas desfilando, no céu trágico.
Assim me ergo
acima da morte agitada no ar,
por chicotes suspensos de árvores negras.

Espero a manhã
enquanto a lua corre velada,
afrontando no rosto os vitupérios do vento.

Escrevo,
sonâmbulo,
na luz vermelha das sibilas e dos astros,
contra o terror cego, que vagueia pelo campo.

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